“A fé, meus queridos, é necessária. Aquele que vos envia
é omnipotente, e se fordes fiéis, Ele não vos abandonará na hora da provação.”
Chiamati
alla santità, Nápoles 1977, p.
248.
Diocese da Guarda | Departamento da Comunhão Eclesial e Ecumenismo - Departamento das Missões - Departamento da Piedade Popular | Obras Missionárias Pontifícias
“A fé, meus queridos, é necessária. Aquele que vos envia
é omnipotente, e se fordes fiéis, Ele não vos abandonará na hora da provação.”
Chiamati
alla santità, Nápoles 1977, p.
248.
1.
“A fé, meus queridos
amigos, é um escudo, a fé é uma espada, mas nem o escudo nem a espada vos
defenderão, se não vos cobrirdes com o escudo e se não usardes a espada.”
Chiamati
alla santità, Nápoles 1977, p.
230.
Partilhamos mais novidades enviadas por D. Manuel Felício, Bispo Emérito da Guarda, à Liga dos Servos de Jesus.
No sábado passado, decorreu, nas
instalações do Centro de Espiritualidade D. João de Oliveira Matos, um encontro
da Vigararia a que pertence a Paróquia da Quilenda.
Estiveram presentes 15 sacerdotes e 10 Religiosas das 3 comunidades religiosas
sediadas nas Paróquias da Vigararia.
Os trabalhos decorreram no auditório deste
Centro de Espiritualidade, também inicialmente pensado para refeitório, para
onde foram deslocadas cadeiras e mesas da Escola Primária D. João de Oliveira
Matos. Houve um tema de reflexão que ocupou toda a manhã, a qual encerrou com
celebração da Eucaristia, na Igreja Paroquial.
O almoço, preparado na cozinha das mesmas instalações do Centro de
Espiritualidade, foi servido ao ar livre, na esplanada deste Centro. E foi uma
refeição de festa, em que se assinalaram os aniversários dos sacerdotes e das
religiosas cumpridos desde o início do ano pastoral até ao momento.
O convívio prolongou-se durante toda
tarde, dando colorido e alegria à esplanada.
25.5.2025
+Manuel da Rocha Felício
_____________________________
Decreto Ad Gentes, do Concílio Vaticano II
(continuação)
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS DOUTRINAIS
Desígnio do Pai
2. A Igreja peregrina é, por
sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de
Deus Pai, na «missão» do Filho e do Espírito Santo (6).
Este desígnio brota do «amor
fontal», isto é, da caridade de Deus Pai, que, sendo o Princípio sem Princípio
de quem é gerado o Filho e de quem procede o Espírito Santo pelo Filho, quis
derramar e não cessa de derramar ainda a bondade divina, criando-nos livremente
pela sua extraordinária e misericordiosa benignidade, e depois chamando-nos
gratuitamente a partilhar da sua própria vida e glória. Quis ser, assim, não só
criador de todas as coisas mas também «tudo em todas as coisas» (1 Cor. 15,28),
conseguindo simultâneamente a sua glória e a nossa felicidade. Aprouve, porém,
a Deus chamar os homens a esta participação na sua vida, não só de modo
individual e sem qualquer solidariedade mútua, mas constituindo-os num Povo em
que os seus filhos, que estavam dispersos, se congregassem em unidade (7).
Missão do Filho
3. Este desígnio universal de
Deus para a salvação do género humano realiza-se não sòmente dum modo quase
secreto na mente humana, ou por esforços, ainda que religiosos, pelos quais os
homens de mil maneiras buscam. a Deus a ver se conseguem chegar até Ele ou
encontrá-l'O, embora Ele não esteja longe de cada um de nós (cfr. Act. 17, 27);
com efeito, estes esforços precisam de ser iluminados e purificados, embora,
por benigna determinação da providência de Deus, possam algumas vezes ser
considerados como pedagogia ou preparação evangélica para o Deus verdadeiro
(8). Para estabelecer a paz ou a comunhão com Ele e uma sociedade fraterna
entre os homens, apesar de pecadores, Deus determinou entrar de modo novo e
definitivo na história dos homens, enviando o seu Filho na nossa carne para,
por Ele, arrancar os homens ao poder das trevas e de satanás (9) e n'Ele
reconciliar o mundo consigo (10). Constituiu, portanto, herdeiro de todas as
coisas Aquele por quem fizera tudo(11), para n'Ele tudo restaurar (12).
Cristo Jesus, de facto, foi
enviado ao mundo como verdadeiro mediador entre Deus e os homens. Como é Deus,
n'Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Col. 2,9); e sendo o
novo Adão pela sua natureza humana, é constituído cabeça da humanidade
renovada, cheio de graça e de verdade (Jo. l,14). Assim, o Filho de Deus, pelo
caminho duma verdadeira Incarnação, veio para fazer os homens participantes da
sua natureza divina e, sendo rico, fez-se por nós necessitado para que nos
tornássemos ricos da sua pobreza (13). O Filho do Homem não veio para que o
servissem, mas para ser ele a servir e para dar até a sua vida em redenção por
muitos, isto é, por todos (14). Os santos Padres constantemente proclamam nada
estar remido que não tivesse sido primeiro assumido por Cristo (15). Ora ele
assumiu por inteiro a natureza humana tal qual ela existe em nós, pobres e
miseráveis, rejeitando dela apenas o pecado (16). De si mesmo disse Cristo, a
quem o Pai santificou e enviou ao mundo (cfr. Jo. 10,36): «O Espírito do Senhor
está sobre mim; por isso me ungiu e me enviou a anunciar a boa nova aos pobres,
a sarar os contritos de coração, a proclamar a libertação dos cativos e a
restituir a vista aos cegos» (Lc. 4,18). E outra vez: «Veio o Filho do Homem
para buscar e salvar o que estava perdido» (Lc. 19,10).
Aquilo que uma vez foi pregado
pelo Senhor ou aquilo que n'Ele se operou para salvação do género humano, deve
ser proclamado e espalhado até aos confins da terra (17), começando por
Jerusalém (18), de modo que tudo quanto foi feito uma vez por todas, pela
salvação dos homens, alcance o seu efeito em todos, no decurso dos tempos.
Partilhamos mais novidades enviadas por D. Manuel Felício,
Bispo Emérito da Guarda, à Liga dos Servos de Jesus.
Decorreu, no sábado passado, dia 17 de maio, nas instalações do Centro de Espiritualidade e também da Escola da Missão D. João de Oliveira Matos, na Quilenda (Angola), a primeira ação de formação, depois do prolongado interregno que se verificou, desde a pandemia.
O espaço inicialmente pensado para refeitório, foi, de facto, auditório que
albergou a formação de 50 catequistas, durante todo o dia de sábado. Ao mesmo
tempo, decorria, na parte da Escola, um encontro de crianças e adolescentes,
“Guardas da Eucaristia”, com formador indicado pela Diocese.
A formação dos catequistas foi orientada por três
responsáveis da Comissão Paroquial de Catequese do Município vizinho (Gabela).
Este foi um trabalho intenso que envolveu aspetos de teoria
e de prática e sobretudo pretendendo motivar estes catequistas para serem
formadores de outros catequistas. Alguns, para estarem presentes nesta ação de
formação, fizeram percurso a pé durante 8 horas, só na vinda.
Durante os trabalhos da formação foram surgindo preocupações
variadas que necessitam de ser objeto de outras formações, as quais se
enquadram nos objetivos estatutários deste Centro de Espiritualidade e Formação
Catequética.
Nas instalações contíguas da Escola D. João de Oliveira
Matos foi utilizado o espaço comunitário do Django para refeições e, mais uma
vez, se fez a experiência de como a máxima otimização dos espaços tem de
continuar a ser critério para os responsáveis pastorais.
Este Centro de Espiritualidade foi criado em 2017, por
decreto episcopal, no âmbito da Missão D. João de Oliveira Matos e funcionou
com regularidade até ao ano de 2021 e desse funcionamento há documentação que
não perdeu, de todo, atualidade, mas depois interrompeu a sua atividade. Agora
precisa de nova Direção, o que só poderá acontecer quando o Bispo da Diocese
regressar de uma ausência prolongada, prevista para o fim do próximo mês de
junho.
Esperamos, agora, que, através da Escola Primária, que nunca
interrompeu as suas atividades e mantém a frequência de mais de 500 alunos
(cinco salas em desdobramento, de manhã e de tarde, mais uma outra solicitada
ao Magistério local) e também através deste Centro de Espiritualidade e
Formação Catequética e eventualmente de mais alguns serviços de formação
pretendidos pelo Bispo Diocesano local, o carisma do Venerável Servo de Deus D.
João de Oliveira Matos e da Liga dos Servos de Jesus continue a inspirar programas
de evangelização e formação das pessoas, em geral e na Fé, por estes mundos da
Angola profunda e ainda com muitos sinais de abandono.
18.5.2025
+Manuel da Rocha Felício
O próximo Convívio Fraterno a realizar na nossa
Diocese terá lugar nos dias 10 (à noite), 11, 12 e 13 de julho de 2025, no
Seminário Maior da Guarda.
As inscrições estão abertas a jovens com idades
compreendidas entre os 16 e os 30 anos e a participação no Convívio
Fraterno tem o custo de 60 euros, valor que se destina a suportar as
despesas com a realização do encontro.
As inscrições podem ser feitas de três formas:
1. Através dos Senhores Padres,
que devem recolher os dados dos interessados e remetê-los para nós.
2. Pela ficha de inscrição
acessível através do seguinte QRcode:
3. Pela ficha de inscrição acessível através do
link que se encontra na nossa página das redes sociais [instagram:
@convivasdaguarda]
Por fim, pedimos a vossa oração pelo movimento e, em
particular, pela realização do Convívio que se aproxima e pelos bons frutos
que, certamente, dele sairão.
O nosso Bispo emérito, D. Manuel Felício, está na comunidade da Kilenda, Diocese de Sumbe, Angola, onde agora se entrega a uma das faces da Igreja, numa comunidade onde a Diocese da Guarda, através da Liga dos Servos de Jesus, construiu uma escola para a comunidade e tem o Centro de Espiritualidade D. João de Oliveira Matos. O Sr D. Manuel dá agora um ano da sua vida no exercício da atividade missionária da Igreja. A Liga dos Servos de Jesus partilha com todos as imagens do dia 13 de Maio.
www.ligadosservosdejesus.blogspot.com
Decreto Ad Gentes, do Concílio Vaticano II, sobre a atividade missionária da Igreja
PROÉMIO
A vocação missionária da Igreja
1. A Igreja, enviada por Deus a todas as gentes para ser
«sacramento universal de salvação», (1) por íntima exigência da própria
catolicidade, obedecendo a um mandato do seu fundador (2), procura
incansàvelmente anunciar o Evangelho a todos os homens. Já os próprios
Apóstolos em que a Igreja se alicerça, seguindo o exemplo de Cristo, «pregaram
a palavra da verdade e geraram as igrejas» (3). Aos seus sucessores compete
perpetuar esta obra, para que «a palavra de Deus se propague ràpidamente e seja
glorificada (2 Tess. 3,1), e o reino de Deus seja pregado e estabelecido em
toda a terra.
No estado actual das coisas, de que surgem novas condições
para a humanidade, a Igreja, que é sal da terra e luz do mundo (4), é com mais
urgência chamada a salvar e a renovar toda a criatura, para que tudo seja
instaurada em Cristo e n'Ele os homens constituam uma só família e um só Povo
de Deus.
Por isso, este sagrado Concílio, agradecendo a Deus a
grandiosa obra já realizada pelo esforço generoso de toda a Igreja, deseja
delinear os princípios da actividade missionária e reunir as forças de todos os
fiéis, para que o Povo de Deus, continuando a seguir pelo caminho estreito da
cruz, difunda por toda a parte o reino de Cristo, Senhor e perscrutador dos
séculos (5), e prepare os caminhos para a sua vinda.
MENSAGEM
O Senhor é Bom! O Senhor está próximo!
Conforme anunciado na alocução final na missa de ordenação e início do múnus pastoral na Guarda, no passado dia 16 de março, e após consulta às instâncias pertinentes para o efeito, nomeadamente o Colégio de Consultores e a Coordenadora Geral dos Servos Internos da Liga dos Servos de Jesus, comunico com alegria o apoio institucional da Diocese e da mesma Liga ao projeto missionário que o nosso Bispo emérito, Dom Manuel Felício deseja abraçar a partir do próximo mês de Abril.
Tal projeto consiste na reativação do Centro de Espiritualidade da Missão Dom João de Oliveira Matos, sediada na Kilenda, Diocese de Sumbe, Angola. Com o consentimento do Bispo de Sumbe e o apoio dos Padres Missionários da Boa Nova, que o acolherão na sua casa em Gabela, Dom Manuel Felício dinamizará a formação de agentes pastorais e a oferta de retiros e outras formas de oração e promoção da espiritualidade.
A vitalidade e o ânimo interior com que Dom Manuel Felício se abre ao sopro do Espírito guiem-no nesta missão. Para a Diocese, é um sinal e uma oportunidade muito real de Esperança, podendo constituir-se um impulso para uma renovação missionária da nossa Igreja diocesana.
Missões universitárias no Verão, geminações missionárias, projetos de famílias em missão (em férias ou pequenos períodos da vida em casal), projetos missionários com os Servos Externos da Liga, ou outros que o Espírito suscite: a reativação de uma base permanente em Angola, com dinamismo espiritual e apostólico, poderá favorecer o aparecimento de iniciativas missionárias e partilha entre Igrejas. E renovar-nos para sermos uma Igreja missionária, em saída.
Suplicando para todos a bênção do Alto, em Deus,
+ José Pereira, Bispo da Guarda
XXX Semana
do Tempo Comum – Ano B
Ef 6, 10-20; Sal 143; Lc 13, 31-35
Na sua mensagem conclusiva, São Paulo recorda aos fiéis de Éfeso que devem haurir a sua força do Senhor e do Seu poder (cf. Ef 6, 10). Por outras palavras, os discípulos devem estar ancorados no Senhor para poderem superar os obstáculos da sua missão. Vêm-me à mente as palavras do próprio Senhor no Evangelho de João: “Eu sou a videira, vós os ramos. O que permanece em Mim e Eu nele, este dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Assim, não só vencemos as “raposas” de hoje, mas também damos muito fruto.
A missão pertence ao Senhor. Por isso, é necessário buscar forças n'Ele através da celebração da Sua Palavra e dos sacramentos, especialmente da Sagrada Eucaristia. No meio dos desafios, é preciso rezar (Missas) pela missão. Temos a responsabilidade de pedir Missas pelos que estão no campo de missão. Que o Senhor continue a guiar, abençoar e manter todos os missionários sob a Sua protecção. Amén.
=============================
A pedido da
União Missionária Pontifícia, colaboraram na redacção destas meditações dia a dia de 2024 as
seguintes pessoas:
• Domingos:
P. Yoland Ouellet, OMI, Director Nacional das OMP, Canadá francófono
• Dias de
semana:
– 1-14: P.
Karl Wallner, Director Nacional das OMP, Áustria
– 15 e 23:
P. Pierre Diarra
– 16-22: P.
Jafet Alberto Peytrequín Ugalde, Director Nacional das OMP, Costa Rica
– 24-31: P.
Dennis C. J. Nimene, Director Nacional das OMP, Libéria
Tradução: P. José Rebelo, MCCJ – Director Nacional de Portugal
Quarta-feira,
30 de Outubro de 2024
XXX Semana
do Tempo Comum – Ano B
Ef 6, 1-9; Sal 144; Lc 13, 22-30
A imagem de Jesus como pregador itinerante, percorrendo cidades e aldeias, representa desde o início o caminho missionário da Igreja. A missão é sempre dinâmica.
O Senhor também deixa claro que a missão não é um safari, nem uma viagem turística. Pelo contrário, implica desafios e dificuldades. É um esforço para passar pela porta estreita.
Jesus está resolutamente a caminho de Jerusalém, como nos conta o evangelista Lucas logo ao início da Sua viagem (cf. Lc 9, 51). Mesmo quando Lhe foi negada a passagem por uma aldeia samaritana, tomou outro caminho e prosseguiu. Isto é uma indicação clara de que há e haverá sempre desafios associados à missão. No entanto, o remédio não é desistir, mas sim ter a coragem de descobrir novas formas de continuar. Que o Senhor conceda fortaleza e coragem a todos os missionários. Amén.
Terminou o Sínodo sobre a sinodalidade, com encerramento presidido pelo Papa Francisco, na Eucaristia da manhã de domingo passado, na Praça de S. Pedro, em Roma.
O documento final foi apresentado na véspera, sábado e não terá exortação apostólica posterior, como tem acontecido com os restantes sínodos até agora realizados. Mas, desde a sua publicação, por vontade expressa do Papa, constitui texto do Magistério oficial da Igreja.
Este documento organiza–se em 5 partes, com uma introdução e uma conclusão.
Todo ele, a avaliar pela introdução e pela e I parte, pretende que a vida sinodal da Igreja esteja baseada na experiência do Ressuscitado, que foi a grande surpresa dos Doze na tarde do primeiro Domingo de Páscoa (Introdução – Jo. 20, 19-20), como já o tinha sido para Maria Madalena, na madrugada daquele mesmo primeiro dia da semana (Jo. 20, 1-2).
Depois de nos colocar diante do coração da sinodalidade (parte I), com suas raízes na Bíblia e na Tradição da Igreja, o documento toma como linha condutora o capítulo 21 do Evangelista S. João, que nos apresenta os apóstolos na barca de Pedro e a partir para a pesca, que não correu bem. Mas a obediência à Palavra de Jesus tudo mudou para melhor.
Reportando-nos, agora, à parte II, a barca de Pedro, que representa a Igreja, é o lugar do encontro, onde se constroem e vivem relações fortes e de comunhão, na pluralidade dos muitoscontextos existentes. É o espaço onde se cultivam os diferentes carismas, vocações e ministérios para a missão e também se progride no exercício da corresponsabilidade.
Como Jesus convidou os discípulos a lançarem, de novo, as redes ao mar, apesar da experiência negativa que tinham vivido, também faz, hoje, o mesmo convite para a missão a todos os baptizados.
A parte III convida-nos para a revisão e a conversão dos processos que habitualmente utilizamos e nem sempre com os melhores resultados (Jo. 21, 5-6). Isso implica fazer o discernimento eclesial, sempre em ordem à missão, com permanente esforço de transparência, prestação de contas e avaliação.
Situando-se nos bons resultados da pesca abundante que se seguiu ao mandato de Jesus ( Jo.21, 8.11), a parte IV sublinha a nossa condição de peregrinos, sem deixarmos de estar radicados num lugar determinado.
Somos assim convidados a caminhar juntos, como discípulos de Cristo, partilhando os diferentes dons que recebemos do Espírito Santo. No processo desta partilha, o documento chama a atenção para os importantes instrumentos que são as Conferências Episcopais e o Primado do Papa, como também as variadas assembleias eclesiais.
A parte V e última centra-se no envio dos discípulos por Jesus: “Como Pai me enviou também vos envio a vós” (Jo.20, 21-22). E sublinha a necessidade da formação para todos os discípulos missionários, uma formação que seja integral, contínua e partilhada.
A conclusão fala no banquete preparado para todos os povos, representado naquela refeição de peixe que Jesus prepara para os discípulos, depois da pesca milagrosa (Jo. 21, 9.12.13).
As últimas palavras são para Nossa Senhora, Maria Santíssima, pedindo-lhe que “nos ensine a ser um povo de discípulos missionários, que caminha em conjunto: uma Igreja sinodal”.
No documento final deste Sínodo não constam os 10 casos, cujo tratamento foi encomendado a 10 grupos de estudo conduzido por especialistas. Um deles, o 5º, é sobre “questões teológicas e canónicas que envolvem formas específicas de ministério”, dentro do qual se inclui a resposta à pergunta sobre se as mulheres podem ser chamadas ao exercício da Ordem do Diaconado. O Prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé já veio dizer que, apesar de este continuar a ser assunto em aberto, a Igreja continua empenhada em tudo fazer para que seja dado o devido lugar à mulher, tanto na vida da Igreja como na sociedade.
28.10.2024
+Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda